Expectativa de vida sobe para 75,5 anos após queda na pandemia

 Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ao contrário dos anos anteriores, a construção deste estudo baseou-se no Censo Demográfico de 2022, substituindo a prática anterior que utilizava projeções populacionais revisadas em 2018, derivadas do Censo de 2010.

Esta divulgação é a primeira a refletir os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida dos brasileiros, resultando na revisão dos dados divulgados nos anos anteriores pelo IBGE. Os números preliminares indicam que a expectativa de vida em 2020 foi de 74,8 anos, reduzindo dois anos em relação à estimativa anterior de 76,8 anos. Já em 2021, o ano com maior mortalidade durante a pandemia, a projeção foi de 72,8 anos, representando uma redução de 4,2 anos em comparação aos 77 anos previamente divulgados.

Izabel Marri, pesquisadora do IBGE, explicou que a estimativa foi feita antes de prever uma crise sanitária que afetasse as taxas de mortalidade.

A esperança de vida em 2022 é vista como uma recuperação em relação ao período mais crítico da pandemia. Marri ressalta que, após o pior ano, no qual ocorreu o maior aumento de óbitos, é possível observar uma recuperação na expectativa de vida ao nascer.

Em comparação com os anos pré-pandemia, a revisão do IBGE aponta as seguintes expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). Assim, considerando a revisão, a esperança de vida ao nascer em 2022 é a menor desde 2017, excluindo os anos de maior mortalidade durante a pandemia (2020 e 2021).

Marri antecipa que em 2023, cujos dados serão divulgados apenas em 2024, a expectativa de vida provavelmente continuará a crescer, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia.

Em relação aos sexos, a expectativa de vida das mulheres foi de 79 anos, abaixo dos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, também inferior aos 73,1 anos de 2019.

A probabilidade de morte do recém-nascido, registrada em 2022, ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, um aumento em relação aos 11,94 por mil de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), enquanto entre as mulheres foi de 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).

Fonte: Muita Informação

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