Festa de Barroso teve fila por Moraes e Zanin e flamenguista rejeitando fama de ministra

 

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, se apresenta com o cantor DiogoA festa que celebrou a posse de 

Luís Roberto Barroso como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e reuniu 900 convidados em Brasília, na quinta-feira (28), foi marcada por tietagem e

quebras de formalidade —a mais notória delas, quando o ministro cantou “Aquarela Brasileira” e “Evidências”.

Na primeira hora da celebração, uma espécie de barreira humana formada por funcionários da casa de eventos restringia o acesso de parte dos convidados às mesas posicionadas ao fundo do salão, então reservadas para os ministros da corte e seus familiares.

“Só em Brasília para acontecer uma coisa dessas”, reclamou um advogado, impossibilitado de circular livremente. “A gente que está aqui não pode nem conversar com quem está do lado de lá”, disse ainda. Não demorou muito para que a organização desistisse do bloqueio.

Rodas se formavam em torno dos ministros do STF. Cristiano Zanin ficou em pé o tempo todo, sempre cercado de pessoas. O mesmo se repetiu com Gilmar Mendes, que fez uma breve aparição, e Dias Toffoli. Edson Fachin ficou num canto mais afastado, com a família, mas também era abordado.

Acompanhado de sua família, Alexandre de Moraes fez uma entrada discreta, usando uma das portas dos fundos. Em questão de minutos, contudo, uma fila se formou diante do magistrado por aqueles que queriam cumprimentá-lo.

Durante toda a sua permanência no espaço, Moraes alternava entre circular no entorno de sua mesa para saudar admiradores, se sentar brevemente para falar com seus acompanhantes e se levantar para mais uma rodada de cumprimentos.

Às 23h, após duas horas de apertos de mão, tapas nas costas e selfies, o ministro ainda não tinha conseguido se alimentar. “Ninguém jantou aqui nessa mesa”, afirmou Moraes à coluna. “Daqui a pouco a gente pega. Aqui ninguém está com fome”, disse, sustentando um sorriso no rosto e um tom jocoso. Seu prato permaneceu vazio e encoberto por um guardanapo durante boa parte da festa.

“Foi uma cerimônia profunda. O ministro Barroso fez um discurso que é um pronunciamento de um estadista à frente do poder Judiciário brasileiro”, afirmou Fachin à coluna, ao rememorar a solenidade formal ocorrida mais cedo na corte.

O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski também compareceu à confraternização organizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). “Que o ministro Barroso continue o esforço de pacificação do país”, disse ele, ao falar de sua expectativa sobre a presidência de Barroso.

Outra convidada intensamente requisitada foi a advogada Daniela Teixeira, recém-indicada para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sua chegada à corte ainda depende da aprovação do Senado, que deve realizar uma sabatina no próximo mês.

Chamada a todo tempo de “ministra” durante a sua permanência na festa, Teixeira rechaçava o tratamento. “Ministra, não. Flamenguista”, brincava. “Por enquanto, meu melhor título é o de flamenguista”, dizia, enquanto mostrava à coluna e ao advogado Nauê Bernardo Pinheiro de Azevedo, também ao seu lado, mensagens trocadas com autoridades em que dava a mesma resposta.

No início desta semana, Teixeira se reuniu com Zico, ex-jogador e ídolo do Flamengo. “Ele me disse: ela não deixa chamar de ministra? Então eu sou o ministro”, contou à coluna, rindo. A indicada ao STJ até mesmo fez uma figurinha de WhatsApp a partir de uma foto que tirou ao lado do ex-jogador. Na parte inferior da imagem, uma inscrição: “Flamenguista”.

“Foi uma cerimônia profunda. O ministro Barroso fez um discurso que é um pronunciamento de um estadista à frente do poder Judiciário brasileiro”, afirmou Fachin à coluna, ao rememorar a solenidade formal ocorrida mais cedo na corte.

O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski também compareceu à confraternização organizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). “Que o ministro Barroso continue o esforço de pacificação do país”, disse ele, ao falar de sua expectativa sobre a presidência de Barroso.

Outra convidada intensamente requisitada foi a advogada Daniela Teixeira, recém-indicada para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sua chegada à corte ainda depende da aprovação do Senado, que deve realizar uma sabatina no próximo mês.

Chamada a todo tempo de “ministra” durante a sua permanência na festa, Teixeira rechaçava o tratamento. “Ministra, não. Flamenguista”, brincava. “Por enquanto, meu melhor título é o de flamenguista”, dizia, enquanto mostrava à coluna e ao advogado Nauê Bernardo Pinheiro de Azevedo, também ao seu lado, mensagens trocadas com autoridades em que dava a mesma resposta.

No início desta semana, Teixeira se reuniu com Zico, ex-jogador e ídolo do Flamengo. “Ele me disse: ela não deixa chamar de ministra? Então eu sou o ministro”, contou à coluna, rindo. A indicada ao STJ até mesmo fez uma figurinha de WhatsApp a partir de uma foto que tirou ao lado do ex-jogador. Na parte inferior da imagem, uma inscrição: “Flamenguista”.

Mônica Bergamo/Folhapress Nogueira durante festa que celebrou sua posse

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