Samu: saiba em quais casos você deve acionar o serviço de urgência

 Foto: Divulgação/Secom

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o Ministério da Saúde, o Samu foi criado com o objetivo de chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. São urgências situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras.

De acordo com o médico e coordenador do Samu, Ivan Paiva, o serviço deve ser acionado em situações de urgência, quando o paciente apresenta sintomas que normalmente não está habituado a ter.

"Na dúvida se aquilo é grave ou não, pode ligar para o Samu, conversar com o médico, e chegando em conclusão se é algo de baixa gravidade ou não, e cabe ao médico atendente definir se aquele paciente precisa ser atendido em casa pela ambulância ou ser encaminhado até uma unidade de saúde", explicou Paiva ao Portal M!.

O Ministério da Saúde indica que o serviço deve ser acionado em casos de:

  • Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios;
  • Intoxicação exógena e envenenamento;
  • Queimaduras graves;
  • Na ocorrência de maus tratos;
  • Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
  • Em tentativas de suicídio;
  • Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
  • Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
  • Afogamentos;
  • Choque elétrico;
  • Acidentes com produtos perigosos;
  • Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);
  • Agressão por arma de fogo ou arma branca;
  • Soterramento, Desabamento;
  • Crises Convulsivas;
  • Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
  • Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

Ainda segundo a pasta de saúde, o serviço não deve ser acionado nos seguintes casos:

  • Febre prolongada;
  • Dores crônicas;
  • Vômito e diarreia;
  • Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
  • Transporte de óbito;
  • Dor de dente;
  • Transferência sem regulação médica prévia;
  • Trocas de sonda;
  • Corte com pouco sangramento,
  • Entorses;
  • Cólicas renais;
  • Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio;
  • Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.

No entanto, Ivan Paiva chamou atenção para casos em que os sintomas estão associados à outros e, portanto, têm sua gravidade elevada. "É preciso entender o que é uma emergência grave. Uma febre, por exemplo, é uma emergência em que o Samu deve ser acionado? Depende, porque se houver outros sintomas associados, além do aumento da temperatura, até mesmo se a temperatura for muito alta, mais que 41º, é muito grave", ressalta.

Ainda conforme o médico, casos em que a pessoa acorda com cefaleia intensa, casos de sangramento, acidente ou dor no peito, o Samu também pode ser acionado. Por sua vez, Paiva chama atenção que, não serão todos os casos, em que a ambulância será enviada.

"Ele pode ligar 192 e vai ter um médico, em que o paciente vai explicar o sintomas, o que não quer dizer que em todos os casos, a ambulância será enviada, então com base naquela teleconsulta com o médico, ele vai definir se aquilo é uma situação de baixa gravidade, que pode tomar uma medicação em casa, ele pode orientar, em outros casos, que esse paciente busque uma unidade, por exemplo, pessoas com diarreia, que estão se sentindo fracos, nada impede que essas pessoas busquem uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)", observa.

Segundo Ivan Paiva, em casos de baixa gravidade existe um protocolo, em que são feitas orientações sobre os cuidados a serem adotados pelo paciente.

"Existem situações que o médico acha, por exemplo em casos de quedas, em que bateu a coluna, e às vezes não é uma coisa grave, mas a remoção do paciente de uma forma segura, com técnicas de imobilização adequada, pode minimizar danos, já que em casos de quedas não é possível apontar se houve fraturas. Já em casos em que ambulância vai ser enviada, a avaliação do médico indica se será uma unidade de suporte avançado, por exemplo, quando o paciente está tendo parada cardíaca, uma situação de trauma grave, então vai a unidade de suporte avançado" 

Fonte: Muita Informação

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