Saiba quem são os heróis da Independência do Brasil na Bahia

 Foto: Reprodução

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Maria Quitéria, Joana Angélica, Maria Felipa, Corneteiro Lopes, General Labatut e José Joaquim De Lima e Silva são alguns dos nomes mais importantes da história baiana pela Independência do Brasil da tirania portuguesa na Bahia. No próximo domingo (2), o marco

completa 200 anos, então, saiba quem foram aqueles que, em solo baiano, contruibuíram para a formação da atul soberania brasileira.

Segundo o historiador Sérgio Guerra Filho, professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), a Guerra da Independência na Bahia foi uma guerra de cerco, com duas batalhas mais importantes, a batalha do Pirajá, em novembro de 1822, e a batalha da Ilha de Itaparica, em janeiro de 1823, quando os portugueses buscaram controlar a Bahia de Todos os Santos. 

A guerra teve duas fases, uma exclusivamente baiana, e outra nacional, que começou quando Dom Pedro enviou o general francês Pedro Labatut para ajudar as forças baianas. O professor Sérgio Guerra conta que o militar organizou o cerco a Salvador por quase todo o período da guerra, mas acabou preso por se desentender com os proprietários de terras e escravos da região.

Em maio de 1823, chegou a Salvador a esquadra do Escocês Lorde Cochrane, também contratado por Dom Pedro, que bloqueou a entrada pelo mar da cidade. Sem reforços e sem comida, o exército português se entregou no dia 2 de julho, 10 meses após o Grito do Ipiranga, consolidando a expulsão dos portugueses da Bahia.

Heróis da Independência

Maria Quitéria

Maria Quitéria é considerada a maior heroína das lutas pela independência baiana. Entrou voluntariamente no Exército para lutar contra as províncias que não reconheciam Dom Pedro como imperador. Foi para o Exército escondida do pai, porém, após duas semanas foi descoberta, mas o major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, por reconhecer sua disciplina militar e habilidade com as armas. 

Quitéria participou da defesa da Ilha da Maré, da Pituba, da Barra do Paraguaçu e de Itapuã. Reformada com o soldo de alferes, Maria Quitéria voltou para a Bahia com uma carta do imperador dirigida a seu pai, requerendo perdão pela desobediência. Morreu aos 61 anos de idade no anonimato. Atulmente, os restos mortais da heroína é guardado na Igreja d'Santana, no Centro Histórico de Salvador.

Joana Angélica

A história de Joana Angélica ficou marcada pelo sacrifício da própria vida ao enfrentar o exército português. Aos 20 anos e de família abastada, optou pela vida no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador. Com a revolta dos soldados brasileiros contra a nomeação do brigadeiro lusitano Inácio Luís Madeira de Melo para comandante das armas da província (1822), soldados portugueses derrubaram a porta do convento a golpes de machado. Joana Angélica enfrentou os soldados lusitanos e teve o peito atingido por baionetas e faleceu pouco depois. Tornou-se a primeira mártir da grande luta.

Maria Felipa

Maria Felipa de Oliveira é conhecida pela população da Ilha de Itaparica como "Heroína Negra da Independência". É descrita como uma negra alta e forte, que vestia saias rodadas, bata, torso e chinelas.

À frente de um grupo de mulheres e homens de diferentes classes e etnias, fortificou as praias com a construção de trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e vigilância das praias, feito dia e noite, a fim de prevenir o desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários conflitos.

Felipa Liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias de Itaparica. Armadas com peixeiras e galhos de cansanção surravam os portugueses para depois atear fogo aos barcos usando tochas feitas de palha de coco e chumbo.

Corneteiro Lopes

O corneteiro Luís Lopes protagonizou uma das passagens fundamentais na Batalha de Pirajá. O exército português era mais numeroso, melhor equipado e treinado e a vitória era dada como certa. Diante da iminente derrota, o Comandante Barros Falcão ordenou o recuo das tropas brasileiras. 

Entretanto, em vez do toque de recuar, o corneteiro Luís Lopes deu o sinal para a cavalaria avançar e, em seguida, o de degolar. A tropa lusitana acabou partindo em retirada, supondo que os brasileiros tinham recebido reforço. A história do corneteiro é colocada em questão devido ausência de documentos históricos que comprovem a sua existência, além do episódio soar como lendário.

General Labatut

O general Pierre Labatut foi contratado por D.Pedro I com a missão de liderar o exército baiano contra os portugueses. Alguns historiadores classificam o papel dele como muito importante, pois Labatut teria conseguido ordenar e disciplinar os combatentes que expulsaram os portugueses

José Joaquim De Lima e Silva

Comandante do batalhão da cidade do Rio de Janeiro, José Joaquim De Lima e Silva foi enviado por D.Pedro I para auxiliar Labatut no comando dos combatentes.

*Com informações da Agência Brasil

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