Pezão e Cabral comemoram punição a Bretas no CNJ

 


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Da Redação

Ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão comemorou o afastamento do juiz Marcelo Bretas, que ganhou notoriedade pelas duras sentenças na

Lava Jato.

“Fui preso em casa por seis policiais com fuzis. Me jogaram 1 ano e 11 dias na cadeia e nunca me chamaram para prestar esclarecimento. Acabaram com minha vida e a da minha família e nunca acharam nada. Boi, vaca, casa… Nada. Bretas é muito pior que o Sergio Moro.”

Bretas foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça por supostas irregularidades na condução dos processos. O CNJ abriu processo administrativo para apurar a conduta do juiz à frente da Lava Jato fluminense.

Cabral – A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral usará a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de abrir Processo Disciplinar Administrativo (PAD) e afastar o juiz da Lava Jato na capital fluminense, Marcelo Bretas, para pedir anulação das condenações contra o cliente. Bretas responde a investigações disciplinares por supostas irregularidades cometidas na operação.

Quando comandava a 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Bretas mandou prender o ex-presidente da República Michel Temer; os ex-governadores Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Moreira Franco; o empresário Eike Batista, entre outros.

Com a nova decisão, a defesa de Cabral declarou ao Metrópoles que vai recorrer: “Já se reclamava de decisões, violação do princípio do juiz natural e a parcialidade. Como consequência, isso geraria suspeição e nulidade das condenações. Tudo reforçado agora com essa decisão do CNJ”, avaliou o advogado de Cabral, Daniel Bialski.

Em outubro de 2019, Marcelo Bretas, desconsiderou as confissões do ex-governador Sérgio Cabral e impôs a ele pena de 33 anos e três meses pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Com a sentença, o emedebista chegou a atingir à época decisões decretando 266 anos de prisão.

Segundo consta nos autos, em seu interrogatório, Cabral admitiu que ordenava Carlos Miranda e Sérgio de Oliveira Castro a entregarem recursos aos irmãos Chebar para custódia, corroborando o que disseram os colaboradores, apesar de afirmar que a origem de tais valores seriam “colaborações para campanhas eleitorais”, e não atos de corrupção e que desconhecia o destino final dos referidos valores, assim como as contas em que os mesmos foram depositados.

Carlos Miranda foi braço direito de Cabral e é delator na Lava Jato. Já Sérgio de Oliveira Castro, o Serjão, é tido como operador do então governador.

Fonte: TODA BAHIA

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