Bolsonaro deixa o Brasil com destino a Orlando, nos EUA

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Por Felipe Frazão 

O presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil ontem, com destino a Orlando, nos Estados Unidos, dois dias antes da posse do presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Adiada ao

longo da semana, a decolagem ocorreu às 14h02, com ligeiro atraso ao plano de voo da aeronave presidencial, que previa início da viagem às 13h45. O Airbus VC-1 da Força Aérea Brasileira vai pousar por volta das 20h10, após voo direto, no Aeroporto Internacional de Orlando. 

O comboio presidencial saiu do Palácio da Alvorada de forma alternativa, sem passar no portão principal, em frente ao cercadinho de apoiadores, que estava vazio, e ao espaço destinado à imprensa. 

Assim que o presidente cruzar o espaço aéreo brasileiro, o vice-presidente Hamilton Mourão entra em exercício por ao menos um dia. 

Primeiro presidente no cargo a disputar e perder a reeleição, Bolsonaro também será o primeiro a não passar a faixa a um sucessor eleito pelas urnas desde a redemocratização. Uma equipe do Palácio do Planalto, com equipe de apoio e segurança, chegou há dois dias na cidade da Flórida. A previsão é que o presidente passe ao menos janeiro hospedado em um condomínio-resort fechado. 

Oficialmente, a Presidência da República não se pronunciou sobre a viagem. Servidores militares do Gabinete de Segurança Institucional foram deslocados a Miami, cidade vizinha na Flórida, assim como a equipe de assessores que acompanhará Bolsonaro como ex-presidente. 

A Secretaria Geral da Presidência publicou no Diário Oficial da União aval para afastamento do País dos “assessores de ex-presidente” indicados por Bolsonaro. São eles: Sérgio Rocha Cordeiro, Marcelo da Costa Câmara, Max Guilherme Machado de Moura, Osmar Crivelatti e Ricardo Dias dos Santos. 

A equipe de apoio com cinco servidores pagos pela União se revezará nos EUA entre 1º e 30 de janeiro, durante “agenda internacional” de Bolsonaro em Miami. 

Pronunciamento final 

Antes da decolagem, Bolsonaro fez, sozinho, um pronunciamento informal nas redes sociais. Foi a última “live” do mandato que se encerra. Apesar de ter sido aconselhado a não falar, pelo risco jurídico de incentivar os manifestantes golpistas que o apoiam, ou desapontá-los, o presidente preferiu ouvir conselhos políticos que sugeriam um aceno a sua base. Na ocasião, ele chorou, reconheceu o clima de velório e afirmou que foi muito difícil ficar praticamente dois meses calado, após a derrota para Lula. 

Bolsonaro condenou a tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, segundo a polícia promovida por bolsonaristas que frequentavam o acampamento pró-golpe de Estado, armado em frente ao Quartel-General do Exército. O presidente disse que “nada justifica” um “ato terrorista”. “Massificam o cara como bolsonarista o tempo todo”, reclamou o presidente. No entanto, o próprio autor do atentado, depois de preso, declarou em depoimento ser seguidor de Bolsonaro. 

 

Fonte: Agência estado 

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