Lula topa, e encontro com evangélicos é agendado para a próxima semana, no Rio

 


 Foto: Roberto Casimiro/Estadão

Após demonstrar resistência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta voltar ao Planalto nas eleições de outubro, aceitou um encontro com pastores evangélicos. A conversa, segundo integrantes da

campanha petista, está programada para acontecer na próxima semana, no dia 8 ou 9 de setembro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O movimento de Lula ocorre diante da ampliação da distância do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a pesquisa Datafolha divulgada no último dia 18, nesse grupo religioso, Bolsonaro saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.

No último dia 17, levantamento Genial/Quaest revelou a mesma tendência, com Bolsonaro abrindo 24 pontos entre os evangélicos frente a Lula.

O encontro de Lula com o grupo religioso faz parte de uma ampla estratégia da campanha para tentar chegar a esse eleitorado que hoje está, majoritariamente, no campo de Bolsonaro.

Há pouco mais de uma semana, por exemplo, o time jurídico do QG petista apresentou uma petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pede à Corte a inclusão de novos endereços de redes sociais pertencentes ao candidato, todos direcionados ao eleitor evangélico.

Na petição, os advogados da campanha de Lula listam 12 endereços das redes sociais TikTok, Kwai, Twitter, Facebook e Instagram. Os perfis são nomeados com as expressões "Restitui Brasil" e "Evangélicos Com Lula".

Além dos perfis nas redes sociais, a campanha do petista também criou uma página na internet chamada "Restitui Brasil", que reúne material da campanha de Lula dedicado aos fiéis evangélicos.

A ofensiva na internet está focada em desmentir fake news a respeito da relação de Lula com os evangélicos.

A página "Restitui Brasil", por exemplo, tem seções intituladas "Quem são os verdadeiros inimigos das famílias brasileiras?" e "Conheça a verdade", nas quais estão elencadas a fome, o desemprego, o abuso infantil e a violência contra a mulher.

De acordo com a assessoria da campanha de Lula, a criação dos perfis foi um pedido de evangélicos que apoiam o petista.

"Alguns setores evangélicos, tanto dos partidos da coligação quanto de fora dele, nos contataram com interesse em atuar junto a comunidades evangélicas na campanha, e para isso ser possível registramos esses sites e perfis no TSE", disse a assessoria, por meio de nota.

 

* Com informações da CNN Brasil


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