Garota de 14 anos é alvo de ataques racistas em grupo de estudantes do Portinari

 

Uma adolescente negra de 14 anos, que cursa o 8º ano no Colégio Cândido Portinari, foi alvo de ataques racistas em um grupo de Whatsapp com estudantes da instituição. As

mensagens foram trocadas no sábado, 13, e outra garota, que deixou o grupo, as exibiu à mãe.

Nas mensagens, divulgadas pelo Metro1, outro estudante afirma que vai iniciar uma arrecadação para tirar a garota do subúrbio. "Vamos fazer uma vaquinha pra te tirar da favela. Debaixo da ponte já serve". A vítima é filha do porteiro do colégio e bolsista na instituição.

A garota tenta se defender e diz que na favela não há somente coisas ruins, mas as agressões continuam. "Você não tocou numa arma até então".

A mãe da garota que saiu do grupo e denunciou as mensagens afirmou que a filha já havia notado o preconceito contra a garota, por ser filha do porteiro e por morar na periferia.

"Infelizmente, eles [os estudantes] ouvem dos pais, em casa, e eu quero que ele, o porteiro da escola, saiba que nem todo pai é conivente com isso", disse a mãe em entrevista ao Metro1.

Ela pontua que das mensagens, duas lhe assustaram mais: na primeira, um estudante debocha do programa Minha Casa Minha Vida e a segunda é a resposta da vítima. "Pra você, foi só dessa vez, para mim é mais uma".

Em nota encaminhada ao Portal A TARDE, o Colégio Cândido Portinari considerou a conduta inaceitável. Segundo a instituição, a direção e professores mantiveram contato com as famílias envolvidas para oferecer um acompanhamento e orientação.

O colégio prometeu abordar o tema e afirmou que a escola aplicará medidas disciplinares aos alunos que participaram deste ato.

"Reforçamos os nossos esforços em estimular uma consciência solidária e empática onde não caiba qualquer atitude ou pensamento discriminatório e/ou preconceituoso junto aos nossos alunos".

Fonte: ATARDE

Comentários