Em depoimento à PF, empresários de MG admitiram ter adquirido vacinas de origem ilícita

 

 
Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de enfermeira e em clínica nesta terça (30)

Em depoimento à PF, os irmãos Robson e Rômulo Lessa, empresários do setor de transporte, admitiram que

adquiriram medicamentos de origem ilícita. A reportagem não conseguiu contatar os irmãos ou a defesa deles.

Pelas imagens divulgadas pela PF do material apreendido durante a operação desta terça, foram encontrados um cartão de vacina assinado “Vacina Covid Pfizer 24/03/21”, seringas e o que parecem ser medicamentos.

Segundo a coluna Painel, a principal linha de investigação da polícia é que as vacinas eram falsas. A PF encontrou soro e ampolas em um endereço ligado à enfermeira. Os materiais foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia criminal.

Desde a divulgação do caso, a Pfizer nega comercialização do imunizante em território brasileiro ou “fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização”.

A enfermeira, o filho dela e um homem foram conduzidos para prestar depoimento.

Segundo a PF, a mulher, que tem passagem por furto, teria vendido vacinas ilegais para outras pessoas, além do grupo que é investigado pela operação atual.

Na sexta-feira, na ação que cumpriu seis mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram uma lista com nome de 57 pessoas que supostamente teriam sido vacinadas na garagem de uma empresa, em Belo Horizonte.

Ela e o filho são suspeitos da comercialização e aplicação de vacinas contra o novo coronavírus, que teriam origem ilícita.

A PF trabalha com três linhas de investigação: que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, sendo a origem chilena uma das hipóteses, que os medicamentos tenham sido desviados do Ministério da Saúde ou ainda que as doses eram falsas.

Fernanda Canofre / Folha de São Paulo


Comentários