São João 2019: aperto e localização prejudicam espaços dos festejos juninos da capital baiana

            

Os grandes nomes da música nordestina têm atraído milhares de pessoas para o Pelourinho e Paripe. No primeiro, cerca de 40 mil têm lotado as praças e largos todos os dias. O ápice foi no sábado (22), durante o show de Alceu Valença. Já em Paripe, foram 35 mil no primeiro dia e são esperadas mais de 70 mil pessoas neste domingo (23) para os shows de Solange Almeida e Simone e Simaria, principais atrações da noite.

Apesar de bem decorado, policiado, diversificado e organizado, a questão estrutural tem pesado para o São João da capital baiana ser motivo de reclamações. O BNews foi abordado diversas vezes na rua por populares que reclamavam principalmente do aperto no Largo do Pelourinho, local escolhido pelo Governo do Estado para receber os principais shows da festa. Eles destacaram que os problemas estavam no fato do espaço ficar em uma ladeira, que escorrega quando chove e não permitir uma circulação mais tranquila, já que é estreito para o número de visitantes.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), até o momento foram registradas 28 ocorrências no Pelourinho e 37 em Periperi. A maioria por mal súbito, problemas cardíacos, convulsões, desmaios, ingestão excessiva de álcool, traumas e ferimentos.

O comandante do 1°GBM, major Roberto Lima, explicou que o público aumentou e os espaço não têm sido suficientes para atender a demanda. O aperto, o calor por causa da aglomeração, as poucas vias de escape e as vias íngremes têm colaborado para que haja aqueles tipos de ocorrências. 

O ideal seria conseguir novos espaços, mais amplos e adequados para a realização dos eventos, já que qualquer tumulto ou queda em sequência poderia gerar um grande problema para o público. “Mesmo assim, não há nenhum transtorno que macule a festa, que está se tornando cada vez mais conhecida e frequentada por baianos e turistas do Brasil e do mundo”, ressaltou o major em entrevista ao BNews.

O superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, alegou que "a prefeitura entregou a praça há 10, 15 dias e conversamos e entendemos que seria mais interessante colocar as manifestações como estamos fazendo. No Largo do Pelourinho, estamos apenas puxando as atrações de cima para baixo. Não é um palco novo, ele sempre existiu. As principais atrações eram no Terreiro de Jesus, mas era o mesmo público que se tem hoje".

Fonte: Bocão News