Em tempo de barganhas - Por Lyndy Barreto
Lyndy Barreto |
Estamos no mês de Julho,
as convenções partidárias confirmam os nomes dos candidatos as eleições, começa
legalmente a corrida para ocupar a prefeitura e eleição dos legisladores municipais.
Na disputa pelo voto se revela o caráter eleitoreiro das barganhas, recheadas de
formas discretas de compra de voto e uso da influência por este voto; se o leitor
souber o valor que seu voto tem, ganha o direito de decidir quem assume as duas
casas.
Isso nos leva a
rascunhar os escritos da história eletiva, onde o patrimonialismo e o
clientelismo eram os fatores determinantes para se ganhar uma eleição.Á pratica
do clientelismo é uma marca da República Velha, o comportamento político e
social se dava em uma relação, que incidia sobre a distribuição de cargos
oficiais, em troca de concessões e proteção e outros favores, em uma troca de
lealdade política e pessoal; ter poder aquisitivo sempre foi fator predominante
para uma candidatura seguir adiante, afinal presentes como cimento, combustíveis
e outros exige dos candidatos autos valores de investimento, e a oferta de
doações de dinheiro, porta aberta para retaliações das secretarias de governo.
Deixando claro as influencias que os grandes patrimonialistas possuem nas
políticas locais.
Eleição como um processo de consolidação da
democracia, fica comprometida com uma cultura política de um povo, onde sua
capacidade analítica é comprometida pelo pouco conhecimento ou acesso a
informações. Marcello Baqueiro (2011), defende que a presença do clientelismo e
do patrimonialismo mantem a pobreza e a exclusão social inalterada criando uma
“cultura política hibrida”. Mas, mantem o comportamento inalterado ao longo dos
anos. Com a aproximação do processo eleitoral torna –se a política “um toma lá dá
cá”, mas não tão somente com os menos favorecidos, a negociata eleitoral se
tornou uma pratica contumaz em todas as camadas sociais.
O que nos traz um pouco
de esperança, é saber que os avanços teóricos da conscientização e consolides da
democracia tem feito o Tribunal Superior Eleitoral, enrijecer as normas de
punição para o candidato que é flagrado ou se comprova a denúncia de compra de votos
perderem suas candidaturas. Somando a estes dispositivos tem-se a Lei Complementar
nº 135/2010 conhecida como Lei da ficha limpa, criada por meio de iniciativa popular,
afim de barrar candidatos que foram condenados por práticas criminosas, entre
outras, a compra de voto.
Temos o Estado como um
grande comprador de voto, as políticas desenvolvidas por ele, é o que define o
voto da grande parte da população, com exceção apenas aos que votam por paixões
partidárias ou fidelidade a sobrenomes. É nas políticas econômicas e sócias que
o governo mais investe para conquistar os votos do eleitorado, portanto é com
base nestas ofertas ou programas de governo que devemos avaliar os candidatos,
o que ele pretende fazer para proporcionar um bem estar social pra nossa
comunidade. Vamos repensar o valor do nosso voto e se a palavra é barganha,
vamos exigir o que é legal ai sim daremos nosso tão disputado, sim.
Por- Lyndy Barreto
Colunista
Li seu comentário por sinal muito bom, oportuno e feliz para o momento atual.
ResponderExcluirCreio que comentários assim, ainda mais feito pela nobre cidadã, é possível que muito em breve possa a senhora colher bons frutos que nada mais são do que mudar a concepção daqueles que vendem ou trocam seus votos.
Aldo Sampaio
Senhora Lyndy Barreto:
ResponderExcluirComo a nobre colunista, creio que se as pessoas entendessem melhor a importância que o voto tem como é abordado em seu comentário, talvez estivéssemos hoje em um Brasil melhor e mais promissor.
Adorei seu texto parabéns Aldo Sampaio