Deficiente físico se torna funcionário público e enfrenta longa jornada para chegar ao trabalho


O funcionário público Carlos Henrique Silva enfrenta uma longa jornada diária para trabalhar. Ele é deficiente físico e usa cadeira de rodas para se locomover. Morador de Brazlândia (DF), o jovem sai de casa às 4h, nos dias de semana, para ir de ônibus para o trabalho. Ele precisa tomar dois ônibus para chegar ao prédio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que fica no Setor de Clubes Sul, em Brasília. O tempo gasto dura cerca de duas horas. Carlos trabalha como técnico administrativo e integra uma equipe que capacita profissionais da agência pública. Além da rotina de trabalho, ele também tem dedicado parte de seu dia para estudar para outro concurso público, para o Senado. São quatro horas dedicadas ao preparo para as provas. Todo este esforço tem um motivo, revela o servidor. — O objetivo é construir uma casa para minha família. Antes da aprovação no concurso, a família de Carlos sobrevivia com apenas um salário mínimo. Para ser aprovado, ele estudava em casa, por meio de apostilas, segundo sua irmã, Liliane Silva. — Ele conseguiu passar sem curso. Minha mãe comprava apostila e ele usava o computador também para estudar.(R7)

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