Medo do panelaço ou falta de conteúdo mesmo?
Dilma posa para foto com menina em Xanxerê, em Santa Catarina: cenário de tornado
Foi o senador peemedebista Renan Calheiros, o controverso presidente do Senado, que disse publicamente considerar um erro a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de não fazer pronunciamento no Dia do Trabalhador por medo do panelaço. Segundo Renan, Dilma passaria a impressão também de que não tem o que dizer.
O senador está corretíssimo. Quando ainda havia dúvidas sobre se ela deveria ou não falar, um dos argumentos que se utilizava em sua equipe é o de que a presidente deveria ir à TV criticar o projeto da terceirização recentemente aprovado na Câmara dos Deputados.
Assim, se supunha, Dilma poderia ganhar a simpatia do trabalhador preocupado com a mudança que a nova lei causará na sua relação com o empregador. Ocorre que a presidente não pode fazer isso. Pelo simples fato de que ela não é contra a terceirização.
Pergunte ao relator da matéria, o deputado federal baiano Arthur Maia (Solidariedade) se, durante a relatoria, ele ouviu queixas da presidente às medidas que estavam sendo gestadas. Por uma questão de discrição, Maia poderá não dizer palavra, mas seus assessores sabem que o governo não se opôs à nova lei.
Portanto, o polêmico Renan está certo: Dilma não tem o que falar no 1º de maio ao trabalhador brasileiro. Nestas condições, fica ou não fica ainda mais fácil ser acuada pela ameaça de um panelaço?
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