Independência da Bahia (Recordar é Viver)

O processo de independência da Bahia foi marcado por vários episódios importantes. Uma guerra teve início no estado e, de fevereiro de 1822 a julho de 1823, foi pontuada por muita violência desenfreada, uma legião de feridos, mortes, destruição de edificações, colapso dos serviços urbanos etc. Heróis surgiram, em sua maioria, originários das camadas mais pobres da população. Maria Quitéria, João das Botas e o Corneteiro Lopes são exemplos destes nomes que, curiosamente, não são lembrados nos livros didáticos de História do Brasil.
Quando Portugal nomeou Ignácio Luiz Madeira de Mello como novo governador de Armas do Brasil, surgiu um movimento de resistência que envolveu civis e militares. Tropas portuguesas começaram a invadir os quartéis. Em Salvador, tomaram o Forte de São Pedro e o Convento da Lapa, onde havia alguns soldados brasileiros. Neste episódio, a abadessa Sóror Joana Angélica tentou impedir a invasão e acabou sendo morta.
Concluída a ocupação militar em Salvador, a cidade recebeu novas tropas portuguesas e muitas famílias baianas fugiram para as cidades do recôncavo. Na resistência, o coronel Joaquim Pires de Carvalho reuniu todo seu armamento e tropas e entregou o comando ao general Pedro Labatut. Pouco a pouco os territórios
baianos foram sendo retomados.
Sob o comando do coronel José Joaquim de Lima e Silva o exército realizou uma grande ofensiva contra os portugueses, resultando na rendição das forças portuguesas. Com a vitória, o Exército Brasileiro entrou em Salvador no dia dois de julho de 1823, consolidando a retomada da cidade e fim da ocupação portuguesa no Brasil.
Independência finalA Bahia foi o último foco de todo o processo da Independência do Brasil. O Dois de Julho deve ser entendido como a verdadeira independência do país. A data merece ser resgatada e valorizada como um importante marco na história, não só da Bahia, mas do Brasil.
uesb.br/ Anselmo Vieira
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