Lula diz que Bolsonaro está com medo de perder a eleição

 


Durante discurso, Lula ainda citou as mortes na Amazônia e o caso de assédio na Caixa - 
O ápice do ato promovido pelos partidos de esquerda na Fonte Nova, neste sábado, 2, foi o esperado discurso do pré-candidato do PT à presidência da República. Lula, que começou lendo um texto, acompanhado da esposa, Janja, criticou duramente o governo Bolsonaro na condução do país.

“Este cidadão foi eleito pelo voto eletrônico em 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018… E agora vem dizer que desconfia da urna eletrônica. Na verdade, ele está desconfiado é do povo brasileiro, que não vai votar nele. E por isso ele está com medo. Vamos derrotar o ódio e trazer o amor. Derrotar as armas e trazer livros”, disse.

Lula afirmou que o Brasil atravessa uma das piores crises da história, causada por um governo que, segundo ele, fez pouco caso da pandemia, levando brasileiros à morte. “Um presidente incapaz de derramar uma lágrima, de abraçar, de dar uma palavra de conforto para familiares que perderam vítimas da Covid”, disse Lula ao se referir a Bolsonaro.

Ainda com críticas a Bolsonaro, Lula comentou a chamada 'PEC do Desespero', aprovada pelo Senado, em que o governo federal aumentou o valor do Auxílio Brasil e anunciou a a criação de um 'Voucher Caminhoneiro'. Para Lula, o atual presidente está tentando "comprar o povo" e que o povo "não é bobo".

“O dinheiro que ele está dando é só até dezembro. É como se fosse um sorvete, chupou, acabou. Fica com o palito na mão”, disse.

O ex-presidente também prometeu recriar o Ministério da Cultura, lembrou que a Lei Paulo Gustavo foi vetada e chamou Bolsonaro de “burro” por não apoiar artistas e movimentos culturais.

Em seu discurso, Lula lembrou da violência na Amazônia e chamou Dom Phillips e Bruno Pereira de “heróis do povo brasileiro”.

As denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também foram lembradas no ato político. “É preciso que essa gente seja julgada e condenada. É mais do que urgente construir a igualdade de direitos, entre homens e mulheres. Salários iguais, com mais mulheres na política, na gestão pública e onde mais elas quiserem”. 

Lula ainda destacou que o Brasil não pode abrir mão das suas Forças Armadas, bem treinadas, mas comprometidas com a democracia.

Ao final, Lula citou o hino ao 2 de Julho, pediu coragem aos baianos e destacou que o crescimento da economia, o emprego e a inclusão social serão tarefas prioritárias. “Tem que colocar os pobres no orçamento outra vez, e os ricos no imposto de renda”, explicou

Fonte: A TARDE

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