Vitória da Conquista: Presidente atribui eliminação à arbitragem e cita crise financeira

Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

O Vitória da Conquista foi eliminado do Campeonato Baiano após derrota para a Juazeirense por 3 a 0, nesta

quinta-feira (22), no Estádio Adauto Moraes, na penúltima rodada após paralisação devido ao coronavírus. O presidente Ederlane Amorim fez um balanço da participação da equipe e atribuiu os erros de arbitragem em quatro dos sete primeiros jogos como determinantes para ficar fora da briga por uma vaga na semifinal.

"Atribuo 90% desse resultado à arbitragem. Não podemos esquecer que nas sete primeiras rodadas tivemos interferência direta em quatro delas. Contra o Jacuipense num pênalti mal marcado, contra o Bahia na anulação de um gol legítimo do zagueiro Sílvio. Contra o Vitória sofremos um gol em total impedimento. E um gol legal nosso anulado contra o Bahia de Feira. Num campeonato de nove jogos, em quatro é prejudicado diretamente pela arbitragem, um campeonato de nível equilibrado. Apesar das dificuldades financeiras que a gente vem tendo, o elenco comprovou em campo que poderia ter chegado mais distante, mas com tantos erros de arbitragens... Os jogos que não houveram interferência nós não perdemos. Empatamos com o Atlético de Alagoinhas, empatamos com o Doce Mel e vencemos o Flu de Feira. Se somasse os pontos dos quatro jogos que a arbitragem errou contra a gente, estaríamos brigando pelo G-4 ", afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.

Ederlane mostrou-se preocupado com o futuro do clube conquistense. Com a eliminação, o Bode também fica fora da briga por vagas em competições como Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série D do Brasileiro, que rendem premiações pela participação. Apesar da equipe estar na disputa da quarta divisão do Brasil deste ano.

"O reflexo desses erros de arbitragem do ano passado e desse ano vai impactar na nossa sobrevivência no ano que vem também. A gente é um clube que vive de resultados, sempre fizemos boas campanhas disputando semifinais do Baiano, já representamos a Bahia na Série D seis vezes, cinco vezes na Copa do Brasil e duas na Copa do Nordeste. Mas em 2019 e 2020 existiram interferências extra-campo que ocasionaram esse resultado. Já falei com a FBF e cobrei uma melhor arbitragem", continuou. "Temos um planejamento com muitas dificuldades, somos um clube que vive do que arrecada em campo, não temos ninguém que dê um suporte estrutural e financeiro. De 2013 a 2018, sempre participamos de Copa do Nordeste e Copa do Brasil com subsídio financeiro grande que manteve o clube nesse período. O clube sempre se manteve com o que arrecadava em bilheteria e patrocínios através dos resultados. Quando não acontece acabamos tendo dificuldades de formatar o elenco e competir com os adversários. Existem equipes com estruturas melhores do que a nossa e na parte financeira. Ano passado já não foi bom, 2020 também não foi e piorou com a pandemia refletindo no calendário de 2021, pois não teremos participação na Copa do Brasil e Copa do Nordeste. Esses dois anos vem sendo uma areia movediça onde estamos patinando sem sair do local", finalizou.

Apenas para cumprir tabela, o Vitória da Conquista volta ao gramado no domingo (26), às 16h, para enfrentar o rebaixado Jacobina, pela nona rodada. O jogo acontece no Estádio Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista.

Fonte: Bahia Notícias