REDUÇÃO DE CARBOIDRATOS, MUITA CONTROVÉRSIA NA DIETA LOW CARB - Por Meire Santos

Resultado de imagem para fotos de alimentos com pouco carboidrato

Low Carb traduzido do inglês indicando “pouco carboidrato”. Significa que devemos adotar
um estilo de consumir menor quantidade de carboidratos e aumentar a ingestão de lipídios (gorduras boas e proteínas). Com essa nova modalidade que as redes sociais anunciam vem criando um novo panorama no mundo da alimentação.  As dietas Low Carb geram redução do peso em um período curto de tempo, havendo efeitos no organismo que não poderão valer à pena a restrição alimentar. Veja como a deita funciona: com o consumo de proteína é maior na alimentação será necessário usar as proteínas do organismo para a fabricação de glicose, uma vez que se reduziu ou restringiu carboidratos, fazendo com que sua função essencial dos músculos e sangue seja prejudicada. Ao restringir o consumo de carboidratos o organismo passa a ser obrigado a utilizar  a gordura do próprio corpo para manter-se em funcionamento. Esse aproveitamento de energia é feito por meio dos corpos cetônicos que substituem a glicose obtida por meio dos carboidratos. Esse processo é chamado de Cetose, um estado metabólico em que o organismo substituir a glicose (principal fonte de energia nos corpos humanos) pelas reservas de gordura. É  a situação literal para a “queima de gordura”. Dietas com altos níveis de proteínas e gorduras saturadas em proporções similares ás indicadas de Low Carb, tem resultados rápidos de emagrecimento, porém com toda sobrecarga protéica pode ajudar o aparecimento de Esteatose Hepática (acúmulo de gordura no fígado) e variação nos exames laboratoriais, indicando uma piora nas condições de saúde, além de
 chegar ao fim da dieta e ter uma resistência para perder peso, elevação na gordura visceral e aumento no triglicerídeo, podendo ficar diabético ou desenvolver uma doença renal pela sobrecarga protéica.  São muitos os tipos de dietas low carb, entre elas a dieta Atkins, a cetogênica e a dieta da zona - cada uma propondo restrições específicas quanto à ingestão de carboidratos (algumas são mais severas, outras mais brandas). Tecnicamente, em publicações científicas, utiliza-se a sigla HPLC (do inglês: high-protein, low-carbohydrate ou alta proteína, baixo carboidrato) para se referir a regimes alimentares desse tipo. Uma modalidade que tem chamado a atenção é a chamada dieta paleo, que se baseia na premissa de que nosso organismo está evolutivamente adaptado para o período Paleolítico e, por isso, deveríamos nos alimentar como os caçadores-coletores que viveram há 100 mil anos, ou seja, com muita carne e peixes e evitando alimentos inseridos mais recentemente na alimentação humana, como leguminosas, cereais e laticínios. A despeito dessa proposição (de que seríamos basicamente carnívoros), na história evolutiva humana é sabido que eradifícil obter a carne em boa parte do ano e que a maioria dos grupos humanos consumiria uma maior disponibilidade, vegetais - e carboidratos - em larga medida. Quando realizada de forma equivocada a dieta low carb pode ter conseqüências ruins como, por exemplo, a falta de energia, diminuição da massa magra em excesso, dores de cabeça, queda de pressão, alterações no humor e sobrecarga da função renal quando há excesso de proteínas. Antes de iniciar essas dietas, procure um profissional Nutricionista para acompanhar sua dieta.

Lucimeire Santos

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